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Guardadas as devidas proporções...



Da Equipe FutebolPR

Guardadas as devidas proporções, o escândalo Ivens Mendes-Mário Celso Petraglia-Alberto Dualib, em 1997, foi tão bombástico quanto a violência de domingo passado no Couto Pereira. A sorte do Atlético é que 12 anos atrás os tempos eram outros e não havia Estatuto do Torcedor nem Lei Pelé, que passaram a regular casos de corrupção e violência no futebol. Resultado: articulado politicamente, o Rubro-negro pagou apenas com perda de 5 pontos no Campeonato Brasileiro daquele ano. Relembre o caso:

No dia 7 de maio de 1997, o Jornal Nacional, da TV Globo, divulgou gravações de telefonemas que desvendariam um esquema de corrupção dentro da CBF, supostamente envolvendo venda de resultados de jogos de futebol e financiamento de campanhas políticas. O pivô do escândalo foi Ivens Mendes, que era desde 1988 presidente da CONAF (Comissão Nacional de Arbitragem de Futebol) - órgão encarregado de escalar árbitros para as competições de futebol organizadas pela CBF.

Numa das gravações, uma voz, identificada como a de Mendes, pedia 25 mil reais, supostamente ao então presidente do Atlético-PR, Mário Celso Petraglia, e ainda insinuava que o seu clube poderia ser beneficiado pela arbitragem no jogo contra o Vasco pela Copa do Brasil. A partida foi realizada no dia 3 de Abril de 1997, em Curitiba, e o Atlético ganhou por 3 x 1, tendo o árbitro François da Silva expulsado o atacante Edmundo, do Vasco.

O STJD (Supremo Tribunal de Justiça Desportiva) baniu Ivens Mendes do futebol. Os dirigentes Mário Celso Petraglia (Atlético-PR) e Alberto Dualib (Corinthians) foram impedidos de representar seus clubes perante a CBF, mas a decisão não afetou a participação dos mesmos nas respectivas diretorias. O Atlético não deixou de participar de nenhuma competição em função disso. Apenas começou o Campeonato Brasileiro de 1997 com 5 pontos negativos, como punição por sua participação no escândalo.

A CBF usou o episódio como pretexto para cancelar o rebaixamento de Fluminense e Bragantino, que haviam sido os últimos colocados no Campeonato Brasileiro de 1996 e deveriam disputar a Série B em 1997. Sem rebaixados, o Brasileirão de 1997 teve 26 clubes, dois a mais que nos anos anteriores.


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