header-photo

Maldição do centenário



Caio Dipow, especial para o FutebolPR

É óbvio que o Coritiba errou. Se não, não estaria rebaixado. Mas a pergunta é: aonde e quando errou? O equívoco começa com o planejamento da temporada. Em 2008, o clube chegou a beliscar a Libertadores. Montou um time sem estrelas, mas ajustado. Méritos de Dorival Júnior e de um grupo de revelações com muito talento, aliado a jogadores interessados em crescer na carreira.

Em 2009, o Coxa deveria ter seguido a filosofia, mas se rendeu à maldição do centenário. Que maldição é essa? É a que infla o ego de cartolas e, em nome do marketing, faz o clube tirar os pés do chão. Daí, abre-se o cofre para gastar R$ 1 milhão com Marcelinho Paraíba, mas não se consegue descobrir um jogador que pudesse substituir Keirrison.

Pior: desvia a atenção com shows que não acontecem, com muita festa e oba-oba fora de campo, mas erra na hora de contratar técnico. O ano de 2009 começou com Ivo Wortmann e depois com René Simões. O Coxa gastou mal seu dinheiro e só acertou quando trouxe Ney Franco. Os números falam por si. O Coritiba, no returno, foi 7.º colocado.

Tudo bem, ocorreu a boa campanha na Copa do Brasil. Mas quando aconteceu a desclassificação do torneio – na semifinal, contra o Internacional - era o momento crucial para que o clube voltasse a pôr os pés no chão. Era hora de agradecer René pelos serviços prestados e reordenar o elenco. O Fluminense fez isso e se safou.

A derrocada do Coxa se deu também por conta do chamado G9 – onde havia muito índio para pouco cacique. Conforme o barco foi adornando, muitos pularam fora. Um exemplo: cadê o Ricardo Gomyde, o grande articular do G9? Fica a lição: futebol não é para amadores.

0 Espinafrar:

Postar um comentário

DICA!

Escolha a opção "NOME/URL". Coloque seu nome, em seguida selecione "CONTINUAR" e comente.