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Aurival e as eleições



Por Nello Morlotti*

Sim, Aurival Correia fez muito pelo Paraná Clube. Sua gestão, que finda no final do ano, o credencia à reeleição. Caso não queira se candidatar, entregará ao sucessor um clube muito melhor do que muitos dos tradicionais cardeais entregaram aos que os precederam.

Os que tentam criticar seu mandato, só podem fazê-lo atingindo seu estilo. Aurival é tímido, não tem o dom da palavra. Não fala bonito como muitos, não faz diplomacia com cofre alheio e não abdica de sua disciplina administrativa, que o fez também tornar-se um comerciante de sucesso.

O Paraná de Aurival Correia é um clube que deixou de ser rota dos oficiais de Justiça. As dívidas com o fisco, seja municipal, estadual ou federal, estão em dia. Quanto à Justiça do Trabalho, ele tirou das costas da instituição 110 ações movidas por ex-jogadores e ex-funcionários do Tricolor.

Havia um tempo em que o Paraná viveu de títulos, mas endividou-se. Aurival viu de perto o custo da conquista de faixas de campeão sem planejamento financeiro. Para não repetir erros passados, preferiu tentar ser campeão sem comprometer o futuro do clube. Não conseguiu, mas se concorrer à reeleição e se reeleger terá construído um caminho sólido para devolver o Tricolor aos títulos. Melhor do que isso: à elite do futebol brasileiro.

Mesmo assim, há conselheiros que se opõem a Aurival. Recentemente, ouvi dois criticando-o e saindo em defesa do ex-presidente José Carlos de Miranda. Diziam: “O Miranda não roubou nem 40 mil reais do clube e nos deu títulos e levou o Paraná à Libertadores. Voto em quem ele indicar”. Não se discute a preferência do voto, mas aqui se encaixa a frase histórica: prefiro perder com os honestos, a vencer com os ladrões.

É essa a regra que deve nortear os conselheiros do Paraná Clube no dia 11 de novembro, quando ocorrem as eleições presidenciais. Aurival merece uma segunda chance. Por um único motivo: é honesto.

*Nello Morlotti é conselheiro do Paraná Clube, com direito a voto nas próximas eleições.