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Rei do Brasileiro



Da Equipe FutebolPR

O volante Alan Bahia é o jogador que mais atuou pelo Atlético em toda a história do clube. Neste domingo, ele completa 340 jogos pelo Rubro-negro. Em termos de disputa de Campeonato Brasileiro, trata-se de um dos mais experientes do país. Sem contar o duelo contra o Corinthians, foram 193 partidas, 78 vitórias, 46 empates e 69 derrotas. Além disso, quase a metade de todos os seus gols pelo Atlético (51) foi marcada em Brasileiros: 23 gols.

Entre 2002 e 2010, ele só não atuou na competição de 2009, quando esteve emprestado ao Vissel Kobe, do Japão. Alan Bahia dá a sua impressão sobre aquele que é considerado o campeonato mais disputado do mundo:

É fato que o Campeonato Brasileiro é o mais difícil do mundo?
Certamente, o Brasileirão é o campeonato mais difícil do mundo pela qualidade dos jogadores, pela vontade das equipes vencerem. É uma competição com jogadores diferenciados e não tem muita diferença de nível de um time para o outro.

Qual seu melhor campeonato pelo Atlético?
Sem dúvida, o de 2004. Foi especial aquele campeonato. O grupo era forte, todos eram amigos e todos foram valorizados. Infelizmente, não fomos campeões, mas fomos vice e foi muito bom. Ganhar o Brasileiro é muito difícil, mas o mais importante é que cultivamos as amizades até hoje.

E sobre as chances do Atlético neste Brasileiro, quais são?
Nosso objetivo é conquistar uma vaga na Libertadores. Com o decorrer do campeonato, poderemos almejar algo mais.

E, particularmente, quais seus planos no campeonato?
Pretendo ajudar o Atlético Paranaense da melhor forma. Em 2008, marquei 10 gols. Neste ano, quero marcar 10 gols ou mais. Além disso, quero disputar o título dos melhores da minha posição, como aconteceu em 2005.

Classificação da Série B

Carregando tabela de Central Brasileirão...
Tabela gerada por Central Brasileirão

Nem tanto ao mar
nem tanto à terra


Caio Dipow, especial para o FutebolPR

A Série B começou com uma vitória e uma derrota dos paranaenses. Ganhou o Paraná Clube, perdeu o Coritiba. Os especialistas de plantão apostavam no contrário: que o Coxa poderia surpreender o Náutico, no Recife, ou, pelo menos, trazer um empate. Por outro lado, imaginava-se que o Tricolor teria dificuldades para conter o Ipatinga – vice-campeão mineiro.

Talvez a pergunta seja: onde um errou, onde o outro acertou? Acertou o Paraná Clube ao se impor em casa. Com 10min já vencia por 1 x 0 e, ao abrir o placar logo no início do jogo, desbravou o caminho para construir uma vitória tranquila. Ironicamente, todo o noticiário da semana, envolvendo o Tricolor numa crise, também ajudou. O Ipatinga pode ter entendido que pegaria um adversário fragilizado.

No entanto, o que se viu foi o Paraná vestindo a camisa da Série B e encarnando o espírito da competição. O time não desistiu de nenhuma jogada e soube, inclusive, usar o mau gramado a seu favor. Os jogadores aprenderam a atuar na Vila Capanema, com todas as suas adversidades – entre elas, campo ruim e arquibancadas vazias. Já o Ipatinga matou a bola na canela o tempo todo.

Quanto ao Coritiba, o sugestionamento de que a equipe entrava na disputa como uma das favoritas pode ter deixado o time muito com “sangue doce”. Na Série B pode tudo, menos “sangue doce”. Outro problema, e que o técnico Ney Franco já sinalizou que vai rever, é a ideia de jogar para cima, seja como mandante, seja como visitante.

Diante do Náutico, o Coxa fez um jogo parelho durante boa parte do 1.º tempo, mas tomou um gol no final da etapa. No 2.º tempo, sofreu o segundo gol, mas continuou atuando de igual para igual. Tanto que foi buscar o 2 x 1, mas sequer teve tempo de se preparar para perseguir o empate. Na saída de bola do Náutico, foi surpreendido com o 3 x 1. Daí, a reação foi para o brejo.

Inverteram-se os cenários, mas é preciso ir com calma. Nem tanto ao mar nem tanto à terra. Faltam 37 rodadas e o Coritiba ainda desponta com um elenco com mais recursos do que o do Paraná Clube. Basta citar Marcos Paulo – o melhor do time no Recife. No entanto, o Coxa precisa encarnar o espírito de Série B e ser menos arte. A fórmula da disputa, nesta primeira rodada, foi melhor entendida pelo Tricolor.