Dois times dão sinal de recuperação no Campeonato Brasileiro: Cruzeiro e Coritiba. Se quiser fazer uma aposta que dê lucro, coloque os dois na zona de classificação da Libertadores. Na rodada que terminou nesta quinta-feira, ambos deram sinais de que podem chegar lá.
Aliás, Cruzeiro e Coritiba têm coincidências. Os dois perderam torneios em que eram favoritos – Libertadores e Copa do Brasil -, entraram em depressão e agora mostram que já superaram o trauma. Além disso, mais do que times, têm elencos. E isso no Brasileirão é tudo.
O Coritiba, por exemplo, desmontou a retranca do Figueirense quando pôs em campo Gil, Anderson Aquino e Bill. Willian, Tcheco e Marcos Aurélio destoavam. Com Gil, Léo Gago pode se soltar e foi presenteado com um golaço. Com Anderson Aquino, Everton Costa cresceu.
O resultado foi que o Figueirense não suportou a pressão e se desmantelou. Dos 29 minutos do 2.º tempo até os 47, o Coxa lembrou o melhor dos Coxas do 1.º semestre. Foram 18 minutos que se o time conseguir repetir daqui para frente vai galgar mais posições, com certeza, e ampliar seu número de gols-pró, que chegou aos 100.
7/julho/2011 CORITIBA 3 X 0 FIGUEIRENSE Local: Couto Pereira, em Curitiba; Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez (RJ); Assistentes: Dibert Pedrosa Moisés (Fifa-RJ) e Marcelo Carvalho van Gasse (Fifa-SP); Gols: Emerson, 29; Léo Gago, 46, e Anderson Aquino, 47 do 2.°; Renda: R$ 213.070; Público: 17.464; Cartões amarelos: Leonardo, Willian, Rhayner, Tcheco, João Paulo e Gil Coritiba: Edson Bastos; Jonas, Jeci, Emerson e Eltinho; Willian (Anderson Aquino), Léo Gago, Tcheco (Gil) e Marcos Aurélio (Bill); Everton Costa e Leonardo Técnico: Marcelo Oliveira Figueirense: Wilson; Bruno, João Paulo, Roger Carvalho e Juninho; Ygor (Wellington Nem), Túlio, Maicon e Rhayner (Coutinho); Heber (Reinaldo) e Aloísio Técnico: Jorginho Campos
"Caguei. Caguei montão", dispara Ricardo Teixeira contra denúncias da imprensa
Anderson Scardoelli
A entrevista que o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, concedeu à revista Piauí, de julho, causou indignação entre os jornalistas esportivos. Na conversa com a repórter Daniela Pinheiro, o dirigente ameaça impedir o credenciamento do profissional que bem entender para a Copa do Mundo de 2014, que terá o País como sede.
“Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Porque eu saio em 2015. E aí, acabou”, diz Teixeira.
A ira do chefão da CBF não é apenas com a imprensa brasileira, mas também com os jornalistas da BBC. Inclusive, boa parte das denúncias contra Teixeira, que serviu de material para a TV Record, surgiu da investigação do repórter da emissora britânica Andrew Jennings, que recentemente lançou o livro Jogo Sujo - O mundo secreto da Fifa: Compra de votos e escândalo de ingressos.
Para Cosme Rímoli, colunista do R7, a postura do homem-forte do futebol brasileiro representa alguém que tem a percepção que irá se manter à frente da CBF até o momento que quiser, mesmo sendo alvo de inúmeras denúncias. “Isso tudo é absurdo, representa o resquício que sobrou da Ditadura Militar no Brasil. É a desmoralização do futebol brasileiro”, criticou.
Não é novidade
Ter problema para se credenciar em alguma competição que tem a presença da seleção comandada por Teixeira não é novidade para Juca Kfouri, da ESPN, CBN e Uol. Em contato com o Comunique-se, o comentarista declara que chegou a receber um comunicado da Fifa informando que ele não poderia cobrir a Copa do Mundo de 1998. Porém, a proibição durou apenas quatro dias, revela o próprio jornalista.
Sobre a entrevista publicada pela Piauí, Kfouri comenta que o cartola finalmente mostra para a mídia o verdadeiro jeito. “Como escrevi no meu blog, a matéria revela o homem (Ricardo Teixeira) em toda a sua dimensão”, analisa.
“Só vou ficar preocupado quando sair no Jornal Nacional” Teixeira não apenas critica a imprensa, mas também desdenha das denúncias jornalísticas que o acusam de corrupção e outros crimes. Algumas frases do dirigente repercutiram na internet e foram republicadas, por exemplo, no blog de Cosme Rímoli.
“Não ligo. Aliás, caguei. Caguei montão”, “só vou ficar preocupado, meu amor, quando sair no Jornal Nacional” e “A imprensa brasileira é muito vagabunda... Não leio mais porra nenhuma, a vida ficou leve para cacete, tá muito bom” foram frases que Teixeira ‘disparou’ contra as denúncias que vêm da imprensa.
O FutebolPR esteve na coletiva de imprensa para apresentar o técnico Renato Gaúcho no Atlético. O que se extraiu de tudo o que foi dito é que ele pode, sim, salvar o Furacão da zona de rebaixamento. Essa vai ser sua única meta: livrar o clube do descenso. O que vier, além disso, será plus.
Ouviu-se, na coletiva, o comentário de que, coincidentemente, ele assume o Atlético numa situação semelhante a que pegou o Grêmio em 2010. O time gaúcho estava na zona de rebaixamento, tinha um elenco considerado “fraco” pela imprensa e enfrentava uma disputa política forte, com o presidente levando bordoada da oposição a torto e a direita.
Por fim, o Grêmio roubou a vaga do Atlético na Libertadores 2011 e Renato Gaúcho foi convidado pelo grupo que assumiu o Grêmio neste ano a continuar no cargo. Pelo discurso desta quinta-feira, é possível que a história se repita – pelo menos dentro de campo. E pelo que o técnico colocou, sua aposta será na volta do efeito “Arena da Baixada”.
Significa que o segredo para o Atlético escapar da degola está em casa, em seu estádio e na sua torcida. Os rubro-negros terão que optar daqui por diante: ou apoiam o time incondicionalmente, independentemente das questões políticas, ou decidem largar os betes e embarcar no clima eleitoral, deixando o time à deriva.
Diante deste cenário, Renato Gaúcho terá a função e aglutinar. Primeiro, o elenco; depois, elenco e torcida; por fim, se as vitórias vierem, elenco, torcida e clube. Técnico que aposta no motivacional para exercer o cargo, ele deixou um discurso otimista na apresentação. Da teoria à prática, é esperar para ver. Mas passa a impressão que pela primeira vez em 2011 o Atlético tem um técnico. Por isso, pode dar certo.
Dividindo a 1.ª colocação do returno da Divisão de Acesso, com 9 pontos, Londrina e Toledo fazem na noite desta quinta-feira, às 20h15, no Café, a “decisão” do torneio. Quem vencer, abrirá uma vantagem considerável para conquistar o 2.º turno.
Se for o Tubarão, pode antecipar o fim do campeonato, o que seria bom para boa parte dos clubes, já que a competição tem primado pelas rendas baixas e pouco público nos estádios – média de renda de R$ 9,130 mil e de público de 914.
O Londrina ganhou o 1.º turno e, pelo regulamento, se vencer o 2.º sagra-se campeão da Divisão de Acesso e carimba a vaga para a elite do futebol paranaense em 2012. Neste caso, puxa o melhor time pelo índice técnico, somando os pontos de turno e returno – hoje seria o Toledo.
A partida entre Londrina e Toledo também chama a atenção dos outros clubes, pois caso haja um empate e o Foz vença o Iguaçu, por exemplo, a equipe das três fronteiras pode assumir a coliderança do returno, indo a 9 pontos.
Cercado de expectativas, a partida deve registrar o melhor público da Divisão de Acesso até aqui. No Café, o Londrina tem conseguido média de público de 4.700 torcedores. O jogo que atraiu mais torcedores até agora foi Londrina 1 x 1 Foz, pela 9.ª rodada do 1.º turno, com 6.254 pagantes. Confira a rodada:
7/julho/2011 Divisão de Acesso 2.º turno 4.ª rodada SERRANO X FC CASCAVEL Local: Newton Agibert, em Prudentópolis; Horário: 15h30; Árbitro: Alessandro Belentani; Assistentes: Flávio Augusto Alves e Bruno José Ferreira
FOZ DO IGUAÇU FC X IGUAÇU Local: Antiocho Pereira, em Curitiba; Horário: 20h15; Árbitro: Nelson de Souza Jr.; Assistentes: Everson de Souza e Petegan Picotti de Moraes
LONDRINA X TOLEDO Local: Café, em Londrina; Horário: 20h15; Árbitro: Marcos Daniel de Camargo; Assistentes: André Luiz Severo e Cacio Junior Quadrelli
GRÊMIO METROPOLITANO X SPORT CAMPO MOURÃO Local: Willie Davids, em Maringá; Horário: 20h30; Árbitro: Cristian Eduardo Gorski da Luz; Assistentes: João Vagner Cavalari e Fábio Júnior Mello
Se em campo o Paraná Clube cria raízes no G4 da Série B, na promoção musa da torcida o Tricolor está na ZR. A representante do clube, Elô, recebeu menos de 100 votos, por enquanto, e ocupa a ZR da disputa, ao lado das representantes de Salgueiro, Boa e Duque de Caixas. A promoção é do site Futebol Interior e quem lidera é a representante do Icasa, ao lado das de Ponte Preta, Vitória e Sport. Clique vote.
Operário e Cianorte, que deveriam se enfrentar no sábado passado, mas cujo amistoso foi adiado por causa do mau tempo, não vão mais duelar. Os dois times representam o futebol paranaense na Série D, que começa dia 17 de julho.
O Cianorte decidiu buscar outros amistosos. Na segunda-feira, venceu o Sport Campo Mourão por 2 x 0 e no próximo domingo vai desafiar o Foz do Iguaçu. Já o Operário ainda tenta definir outro adversário para disputar amistoso.
As duas equipes estão nas seguintes chaves: Grupo 7: Operário, Cene-MS, Oeste-SP, Mirassol-SP e Cerâmica-RS; Grupo 8: Cianorte, Brusque-SC, Metropolitano-SC, Juventude-RS e Cruzeiro-RS. O Cianorte estreia em casa, contra o Cruzeiro-RS, enquanto o Operário vai a Mirassol encarar o time da cidade paulista.
O técnico Renato Gaúcho vai estrear no comando do Atlético no sábado, às 18h30, e poderá contar com outro estreante: o atacante Santiago García já tem condições de atuar pelo clube. O jogador, que carrega o apelido de “El Morro”, tem 20 anos e foi o principal goleador do Uruguai na temporada 2010-2011, com 23 gols.
O estádio do Café promete ficar pequeno na próxima quinta-feira. É quando acontece o duelo Londrina x Toledo. As duas equipes lideram o returno da Divisão de Acesso, com 9 pontos e 100% de aproveitamento. Quem vencer, se isola na frente e tende conquistar a atual etapa do torneio.
Se for o Londrina, significa que a equipe poderá evitar a semifinal e se garantir de forma direta na elite do futebol paranaense em 2012. Pelo regulamento, a equipe que vencer turno e returno será declarada campeã da Divisão de Acesso. O vice-campeão será o segundo que mais somar pontos na classificação geral – hoje é o Toledo.
Se o Toledo ganhar quinta-feira, esquenta o campeonato, já que as demais equipes passam a ter chances de disputar a semifinal. O regulamento também diz se houver um campeão do turno e outro no returno haverá semifinal entre os dois vencedores e mais dois times que entram por índice técnico – hoje seriam Nacional e Serrano.
Por isso o jogo de quinta-feira, entre Londrina e Toledo ganha ares de decisão. Não só para as duas equipes, mas para todos os clubes da Divisão de Acesso, com exceção do São José que desistiu da disputa.
3/julho/2011 Divisão de Acesso 2.º turno - 3.ª rodada TOLEDO 3 x 1 GRÊMIO METROPOLITANO Local: 14 de Dezembro, em Toledo; Árbitro: Antonio Valdir dos Santos; Assistentes: Celso Galvan e Vágner Blazius; Gols: Juninho, 40, e Erick, 44 do 1.º; Irineu, 39, e Gilvan, 43 do 2.º; Cartões amarelos: Irineu, Juninho, Vinícius e Marcelo Toledo: Oliveira; Eduardo, Everton e Gustavo; Juninho, Nelsinho, Rafael Mineiro (Rafael Santos), Eurico e Safira (Allan), Erick (Lucas) e Irineu. Técnico: Rogério Perrô Grêmio: Rudy; Vinícius, Márcio, Flávio Luiz; Rocha; Luiz Henrique; Carlinhos (Marcelo), Serginho Catarinense (Xipóte) e Gilvan; Marcelo Soares (Gilson) e Souza Técnico: Rodrigo Casca
FC CASCAVEL 1 X 2 FOZ DO IGUAÇU Local: Olímpico Regional, em Cascavel; Árbitro: Anísio Monteschio Jr.; Assistentes: Sávio Bezerra de Almeida e Adriano Barbosa Ferreira; Gols: André, 30 do 1.º; Danielzinho, 20, e Piki, 44 do 2.º; Cartões amarelos: Brito, João Renato, Doriva, Wellington e Spada; Expulsão: Luciano, Adam e Bahia FC Cascavel: Spada; Adam, Esquerda, Luciano e Wellington; Fábio Rosa, Doriva, Alex e Jocivalter (Douglas); Vágner Carioca (Alex Titon) e André (Serginho) Técnico: Rodrigo Pastana Foz: Cleberson; Cassiano (Edinaldo), João Renato, Téssio e Gílson; Bruno Guerreiro, Bahia, Brito (Rafael Canela) e Almir Dias (Danielzinho); Piki e Carreta Técnico: Pedro Caçapa
NACIONAL 3 X 3 SERRANO Local: Erick Georg, em Rolândia; Árbitro: Almir Rogério Ruiz Garcia; Assistentes: Rogério de Oliveira Costa e Jefferson Bassani; Gols: Amilton, 12, e Roberto, 37 do 1.º; Anderson Fumaça, 33; Roberto, 39; Negretti, 43, e Igor, 49 do 2.º; Renda: R$ 2.190; Público: 240 Nacional: Serginho; Warley, Everton, Spyce e Renan (Marcelinho); Rocha, Douglas, Rogerinho e Pezão; Negretti e Roberto Técnico: Gilberto Papagaio Serrano: Val; Anderson Fumaça, Carlão, Alex e Wallace; Pepo (Rafael Douglas), Thiago Santos, Danilo Alvim e Natan (Casimiro); Robinho e Amilton (Clênio) Técnico: Edison Paulista
2/julho/2011 IGUAÇU 0 X 5 LONDRINA Local: Antiocho Pereira, em União da Vitória; Árbitro: Eduardo Elias Melek; Assistentes: João Fábio Machado Brischiliari e Anderson Kachenski; Gols: Carlópolis, 35 do 1.º; Ayrton, 15; Warlley, 25 e 29, e Kanu, 44 do 2.º; Cartões amarelos: Viola; Expulsão: Jean Iguaçu: Leandro; Leandrinho, Giba (Lucas França), Caio e Zé Carlos (Gustavo, depois Jean); Viola, Javier, Beto e Cristiano; André Nunes e Dudu Técnico: Alemão Londrina: Danilo; Ayrton, Rogério, Élson e Edson Carlópolis; Sílvio, Bruno, Ricardinho (Silvinho) e Wendell (Mauro); Arthur e Warlley (Kanu) Técnico: Cláudio Tencatti
O Paraná Clube é o clube que já está mais tempo no G4 da Série B. Ao vencer o Duque de Caxias-RJ, no sábado, completou sete rodadas de nove já disputadas. Ficou de fora na 3.ª, depois de perder por 1 x 0 para o Americana, quando caiu de 3.º para 11.º lugar, e na 4.ª rodada, quando venceu o Salgueiro por 1 x 0 e subiu para a 6.ª colocação.
O motivo de o Tricolor criar raízes no G4 está na obediência tática conseguida pelo técnico Roberto Fonseca. O time assimilou preceitos básicos para se dar bem na Série B, como não perder pontos em casa, por exemplo. No sábado, a equipe construiu um placar folgado e só depois se permitiu relaxar, possibilitando o gol de honra do time fluminense.
Diga-se que o relaxamento desagradou o treinador. Sinal de que ele quer mais. O caminho é esse. Série B é um torneio que, guardada as devidas proporções, exige alto desempenho, pois não serve ficar em 5.º, 8.º ou 10.º, o que na Série A poderia ser considerada uma boa campanha. O que vale é o G4, e só. Quanto mais raízes o Paraná criar, melhor.
2/julho/2011 Série B 8.ª rodada – 1.º turno PARANÁ 3 X 1 DUQUE DE CAXIAS Local: Vila Capanema, em Curitiba; Árbitro: José Acácio da Rocha (SC); Assistentes: Claudemir Maffessoni (SC) e Helton Nunes (SC); Gols: Paulo Rodrigues (contra), 20, e Cambará, 33 do 1.º; Welington, 22, e Somália, 33 do 2.º; Renda: R$ 71.350; Público: 3.287; Cartões amarelos: Thiaguinho, Vitor, Leandro Teixeira, André Luís, Edu. Everton Garroni, Rone Dias e Amarildo; Expulsões: Leonardo e Vítor Paraná: Zé Carlos; Júlio César, Cris, Amarildo e Lima; Júnior Urso, Serginho, Cambará (Everton Garroni) e Welington (Rone Dias); Jefferson Maranhão e Giancarlo (Diego) Técnico: Roberto Fonseca Duque de Caxias: Thiago; Éverton Silva (Leonardo), Vitor, Santiago e Paulo Rodrigues (Edu); Thiaguinho, Leandro Teixeira, Abedi e Erick Flores (Galvão); André Luis e Somália Técnico: Caco Espinoza
O bom futebol mostrado por Everton Costa e Gil, nesta quinta-feira, mostrou que o Coritiba tem elenco para sonhar alto no Campeonato Brasileiro. As mexidas do técnico Marcelo Oliveira surpreenderam o Ceará, que veio armado para marcar Davi e Rafinha e encontrou Tcheco e Everton Costa regendo o Coxa.
Agora, é aproveitar a tabela e cravar outra vitória contra o Figueirense, na próxima quarta-feira. O time catarinense tem melhor campanha, mas trata-se do tipo de jogo em que a perda de pontos é irrecuperável. Porém, o Coxa parece ter retomado o discurso a la Barack Obama: “Yes, we can!”. Elenco para isso, tem.
30/junho/2011 CORITIBA 3 X 1 CEARÁ Local: Couto Pereira, em Curitiba; Árbitro: Alício Pena Junior (MG); Assistentes: Guilherme Dias Camilo (MG) e Helberth Costa Andrade (MG); Renda: R$ 118.510; Público: 10.799; Gols: Leonardo, 31, e Éverton Costa, 33 do 1.º; Léo Gago, 10, e Washington, 11 do 2.º; Cartão amarelo: Willian, Boiadeiro, Éverton Costa, Pereira, Thiago Humberto e Davi; Expulsão: Washington, 38 do 2.º Coritiba: Edson Bastos; Jonas, Emerson, Pereira e Eltinho; Léo Gago, Willian, Tcheco (Gil) e Marcos Aurélio (Davi); Éverton Costa (Geraldo) e Leonardo Técnico: Marcelo Oliveira Ceará: Fernando Henrique; Boiadeiro, Fabrício, Diego Sacoman e Vicente; Michel, Heleno (Felipe Azevedo), Rudnei e Thiago Humberto (Diguinho); Osvaldo (Iarley) e Washington Técnico: Vágner Mancini
De Clube Atlético Paranaense a Cabisbaixos Atletas do Paranaense. Qual é o Rubro-negro que tem entrado em campo neste Campeonato Brasileiro? Contra o Fluminense, se viu um time sem forças para reagir, entregue à própria sorte. Parece que a crise no CT do Caju não passa apenas pela alta rotatividade de técnicos. Há algo mais.
Existem panelinhas? Quem está fora acha que sim, quem está lá dentro garante que não. O problema é de gestão do futebol? Se o fosse, o time teria engrenado com Valmor Zimermann, um dos dirigentes mais experientes do Atlético. Aliás, o Furacão precisa urgente formar uma nova safra de dirigentes. A dupla Ibiapina e Paulo Rink é uma tentativa, mas precisa mais.
Porém, enquanto isso não ocorre, a meta urgente é conseguir roubar pontos do Internacional, na próxima quarta-feira, em Porto Alegre. Se não iniciar uma reação logo, o Atlético corre o risco de chegar no returno precisando vencer 80% dos jogos. O limite para sair da ZR é a 15.ª rodada. A partir daí, começa a entrar no campo dos milagres.
Pior: não há termo de comparação com o Campeonato Brasileiro de 2005, quando o Atlético, por causa da disputa paralela da Libertadores, ficou as 10 primeiras rodadas sem vencer. Só que naquela competição, o Furacão não só tinha um time melhor como o campeonato era mais fácil. Havia 22 participantes, entre eles Ponte Preta, Juventude, Fortaleza, Brasiliense, Paraná, Goiás, São Caetano e Paysandu.
30/junho/2011 Série A 7.ª rodada – 1.º turno FLUMINENSE 3 X 1 ATLÉTICO Local: Engenhão, no Rio; Árbitro: Francisco Carlos Nascimento (AL); Assistentes: Carlos Titara da Rocha (AL) e Pedro Santos de Araújo (AL); Renda: R$ 119.045; Público: 5.114; Gols: Mariano, 41, e Ciro, 42 do 1.º; Ciro,14, e Edigar Junio, 41 do 2.º; Cartões amarelos: Guerrón, Cleber Santana e Mariano Fluminense: Diego Cavalieri; Mariano, Gum (Elivelton), Márcio Rosário e Carlinhos; Edinho, Diguinho, Souza (Valencia), Marquinho e Conca; Ciro (Fernando Bob) Técnico: Abel Braga Atlético: Márcio; Wendel, Manoel, Rafael Santos e Paulinho; Cleber Santana, Marcelo Oliveira, Branquinho (Guerrón), Paulo Baier (Edigar Junio) e Madson (Kleberson); Nieto Técnico: Leandro Niehues
Demétrio Magnoli e Adriano Lucchesi - O Estado de S.Paulo
"Há uma percepção crescente de que a aritmética da Copa do Mundo é um tanto instável", escreveu o Times de Johannesburgo um mês depois do triunfo da Espanha nos campos sul-africanos. "Temos estádios em excesso para nosso próprio uso. Talvez devêssemos exportar estádios para o Brasil, que fará sua Copa do Mundo?". A constatação estava certa; a sugestão, errada. O Brasil, país do futebol, terá o mesmo problema que a África do Sul, país do rúgbi. Aqui, como lá, a festa macabra da Fifa é um sorvedouro implacável de recursos públicos.
Mafiosos usam a linguagem da máfia. Confrontado com evidências de corrupção na organização que dirige, Sepp Blatter avisou que tais "dificuldades" seriam solucionadas "dentro de nossa família". As rendas de radiodifusão e marketing da Fifa ultrapassaram os US$ 4 bilhões no ciclo quadrienal encerrado com a Copa da África do Sul. O navio pirata já se moveu para o Brasil, onde a Fifa articula com seus sócios a rapina seguinte.
O brasileiro João Havelange planejou a globalização do futebol, expandindo a Copa para 24 seleções, em 1982, e 32, em 1998. Blatter concluiu a transformação, rompendo a regra de rodízio de sedes entre Europa e América. Como constatou a Sports Industry Magazine, sob um processo milionário de licitação do direito de hospedagem, as ofertas nacionais assumiram "a forma de promessas de mais e mais pródigos novos estádios para os jogos e novos hotéis luxuosos para uso dos dirigentes da Fifa e de fãs endinheirados". A Copa é um roubo: as despesas são pagas com dinheiro público, de modo que a licitação "constitui, de fato, um esquema de extração de renda concebido para separar os contribuintes de seus tributos".
O saque decorre da conivência de governos em busca de prestígio e de negociantes em busca de oportunidades. Na Europa a rapinagem é circunscrita por uma cultura política menos permeável à corrupção e pela existência prévia de modernas infraestruturas hoteleiras, esportivas e de transportes. Por isso a Fifa seleciona seus próximos alvos segundo critérios oportunistas de vulnerabilidade. Encaixam-se no perfil África do Sul e Brasil, países emergentes que ambicionam desfilar no círculo central do mundo, assim como a semiautoritária Rússia, sede de 2018, e a monarquia absoluta do Qatar, que bateu a Grã-Bretanha na disputa por 2022.
Antes das Copas, consultores associados às redes mafiosas produzem radiosas profecias sobre os efeitos econômicos do evento. Depois, quando emergem os resultados efetivos, eles já estão entregues à fabricação de ilusões no porto seguinte. A África do Sul gastou US$ 4,9 bilhões em estádios e infraestruturas, que gerariam rendas imediatas de US$ 930 milhões derivadas do afluxo de 450 mil turistas, mas só arrecadou US$ 527 milhões dos 309 mil turistas que de fato entraram no país.
O verdadeiro legado positivo da Copa de 2010 foi a mudança de paradigma no sistema de transporte público urbano, pela introdução de ônibus, em corredores dedicados, e do Gautrain, trem rápido de conexão com o aeroporto de Johannesburgo. Os ônibus enfrentavam selvagem resistência dos sindicatos de operadores de peruas, superada pelo imperativo urgente do evento esportivo. O Gautrain serve exclusivamente à classe média, com meios para adquirir bilhetes cujos preços excluem a população pobre. Mas o argumento de que sem uma Copa, não se realizariam obras necessárias de mobilidade urbana equivale a uma confissão de incompetência da elite dirigente.
Eventos esportivos globais tendem a gerar ruínas urbanas, mesmo em países mais inclinados a zelar pelo interesse público. Japoneses e sul-coreanos ainda subsidiam a manutenção das arenas da Copa de 2002. As dívidas contraídas para as obras da Olimpíada de Atenas e da Eurocopa de 2004 aceleraram a marcha rumo à falência da Grécia e de Portugal. A África do Sul incinerou US$ 2 bilhões na construção e reforma das dez arenas da Copa. Todas, com exceção do Soccer City, de Johannesburgo, usado para jogos de rúgbi e shows, figuram hoje como monumentos inúteis, conservados pela injeção de dinheiro público. A Cidade do Cabo paga US$ 4,5 milhões ao ano pela manutenção da arena de Green Point, erguida ao custo fabuloso de US$ 650 milhões e usada apenas 12 vezes depois da Copa. Lá se desenrola um melancólico debate sobre a alternativa de demolição do icônico estádio, emoldurado pela magnífica Table Mountain.
O Brasil decidiu ultrapassar a África do Sul. Aqui, serão 12 arenas, a um custo convenientemente incerto, mas bastante superior aos dispêndios sul-africanos. As futuras ruínas já drenam vultosos recursos públicos, mal escondidos sob as rubricas de empréstimos do BNDES e subsídios estaduais e municipais. O governo paulista prometeu não queimar o dinheiro do povo na festa macabra da Fifa, mas o alcaide Gilberto Kassab assinou um cheque público de US$ 265 milhões destinado ao estádio do Corinthians. São 16 centros educacionais, para 80 mil estudantes, sacrificados por antecipação no altar de oferendas às máfias da Copa. O gesto de desprezo pelas necessidades verdadeiras dos contribuintes reproduz iniciativas semelhantes adotadas, Brasil afora, por governos estaduais e municipais.
Segundo a lógica perversa do neopatriotismo, a Copa é um artigo de valor só mensurável sob o prisma da restauração do "orgulho nacional". De fato, porém, a condição prévia para a Copa é a cessão temporária da soberania nacional à Fifa, que assume funções de governo interventor por meio do seu Comitê Local. O poder substituto, nomeado por Blatter, já obteve o compromisso federal de virtual abolição da Lei de Licitações e pressiona as autoridades locais pela revisão das regras de concorrência pública. Malemolentes, ao som dos acordes de um verde-amarelismo reminiscente da ditadura militar, cedemos os bens comuns à avidez dos piratas.
SOCIÓLOGO E DOUTOR EM GEOGRAFIA HUMANA PELA USP (DEMETRIO.MAGNOLI@TERRA.COM.BR); ADMINISTRADOR DE EMPRESAS E MESTRE EM TURISMO SUSTENTÁVEL
Certamente, se Vitória e Paraná voltarem a se enfrentar mais 10 vezes, o Tricolor sairá vitorioso na maioria dos duelos. Tem mais time, mas nesta terça-feira uma falha coletiva da zaga, incluindo o goleiro Zé Carlos, custou a primeira derrota do time na gestão Roberto Fonseca. Aos 28min do 1.º tempo, numa situação de “um deixa para o outro”, Neto Baiano aproveitou-se e fez 1 x 0.
Foi a única jogada do Vitória, que depois passou o resto da partida na defensiva. Só que o Paraná não acertou a pontaria e perdeu um jogo que, no mínimo, poderia empatar. Menos mal que foi ajudado pela rodada, sobretudo pela derrota do ABC, e conseguiu se manter no G4 – agora ocupando a 4.ª colocação. O problema é que os outros do G4 venceram. Portuguesa, Ponte Preta e Americana somam 17 pontos.
O Vitória encostou no Tricolor, chegando aos 14, só que na próxima rodada o Paraná faz, teoricamente, o jogo mais fácil: vai receber o Duque de Caxias, sábado, às 16h20, na Vila Capanema. A vitória é fundamental para se manter no G4.
28/junho/2011 Série B 8.ª rodada – 1.º turno VITÓRIA 1 X 0 PARANÁ CLUBE Local: Barradão, em Salvador; Árbitro: Emerson Luiz Sobral (PE); Assistentes: Alcides Augusto de Lira (PE) e Roberto José de Oliveira (PE); Gol: Neto Baiano, 28 do 1.º; Renda: R$ 89.680; Público: 8.387; Cartões amarelos: Everton Garroni, Nino Paraíba, Edu, Lima, Lisa e Diego; Expulsões: Alisson e Oliveira Vitória: Fernando; Nino, Alison, Maurício e Fernandinho; Rodrigo Mancha, Zé Luis, Geovanni (Neto Coruja) e Marquinhos (Rildo); Edu (Gabriel) e Neto Técnico: Geninho Paraná: Zé Carlos; Lisa, Cris, Amarildo e Lima; Júnior Urso (Diego), Serginho, Everton Garroni (Cambará) e Wellington (Oliveira); Léo e Giancarlo Técnico: Roberto Fonseca
A partida desta terça-feira, às 21h50, é chave para o Paraná Clube mostrar seu real potencial na Série B. Se colher um resultado contra o Vitória – um dos adversários mais credenciados da disputa -, o Tricolor comprova que está no caminho de lutar por vaga na primeira divisão de 2012.
A favor do time do técnico Roberto Fonseca pesa o retorno do trio Lisa, Cris e Serginho, além de ser o visitante mais indigesto da segundona, até aqui. Em quatro jogos longe da Vila Capanema, o Paraná obteve duas vitórias e um empate. Perdeu apenas para o Americana-SP, no jogo que custou o cargo do técnico Roberto Fonseca.
Além dos retornos dos titulares que cumpriram suspensão contra o Icasa, o Tricolor terá outra mudança: o atacante Leó entra na vaga de Jeferson Maranhão, que cumpre suspensão. Segundo o técnico Roberto Fonseca, o importante é que o time manterá as características táticas.
Vencendo, o Paraná pode assumir a liderança da Série B, desde que Portuguesa, Ponte Preta e Americana enrosquem nos rivais. Os quatro somam 14 pontos e o Tricolor entra em campo ocupando o 3.º lugar do G4. O Vitória, que é comandado por Geninho, soma 11 pontos e joga para tentar entrar no G4.
28/junho/2011 Série B 8.ª rodada – 1.º turno VITÓRIA X PARANÁ CLUBE Local: Barradão, em Salvador; Árbitro: Emerson Luiz Sobral (PE); Assistentes: Alcides Augusto de Lira (PE) e Roberto José de Oliveira (PE) Vitória: Fernando; Nino, Alison, Maurício e Fernandinho; Zé Luís, Rodrigo Mancha, Neto Coruja e Geovanni; Edu e Rildo Técnico: Geninho Paraná: Zé Carlos; Lisa, Cris, Amarildo e Lima; Júnior Urso, Everton Garroni, Serginho e Welington; Léo e Giancarlo Técnico: Roberto Fonseca
O projeto Torcida Legal, por mais boa vontade que pareça ter, nasce sem sentido. Pela seguinte questão: quem vai impedir que um cidadão que não se cadastrou, mesmo ele fazendo parte de uma facção organizada, entre no estádio? Se ele comprar ingresso, e desde que não tenha mandato de prisão decretado, ninguém poderá impedi-lo de frequentar o estádio e depois se misturar ao grupo a que pertence. Neste ponto, segue certo o Coritiba, que vetou de vez o acesso das facções ao Couto Pereira. Essa sim deveria ser a medida a ser apoiada pelos organismos de segurança. O resto é paliativo ou, como se diz na gíria do futebol, jogar para a torcida.
Se já era forte candidato ao rebaixamento, o Atlético agora ganha mais um fator que reforça essa tese. A crise técnica, desde esta terça-feira, tornou-se institucional, com a antecipação do processo eleitoral no clube. O pleito só ocorre em dezembro, mas a oposição já lançou candidatura. Tudo indica que haverá bate-chapa e no meio do fogo cruzado estará o time. No futebol brasileiro, é histórico clubes em crise política pagarem a conta com o rebaixamento.
Nesta segunda-feira, o lateral-direito Beletti, que havia sido contratado pelo Ceará, anunciou a aposentadoria aos 35 anos. No mesmo dia, o clube que ele montou, o FC Cascavel, empatou por 0 x 0 contra o Nacional. O resultado ajudou o Londrina, que viu um adversário direto ao título do returno ficar mais distante da briga, no caso o NAC.
27/junho/2011 Divisão de Acesso Returno 2.ª rodada FC CASCAVEL 0 X 0 NACIONAL Local: ABC, em Foz do Iguaçu; Árbitro: Paulo do Amaral; Assistentes: Claudemir Aparecido Leibante e Alessandro Michel de O. Domiciano; Renda: R$ 70; Público: 7; Cartões amarelos: Alex, Vágner Carioca, Esquerda, Rogerinho, Tharles, Spyce, Negretti e Everton FC Cascavel: Spada; Grafite, Esquerda, Luciano e Wellington; Fábio Rosa (Serginho), Alex, Jocivalter e Doriva; Vágner Carioca (Jeancarlo) e William Técnico: Rodrigo Pastana Nacional: Serginho; Warley, Everton, Spyce e Renan (Marcelinho); Rocha, Douglas, Rogerinho e Pezão, Negretti e Paulinho (Tharles) Técnico: Gilberto Papagaio
A Petrobras, que antes patrocinava o Flamengo - o clube carioca perdeu a verba por causa de dívidas com a União (INSS, principalmente) -, hoje patrocina o River Plate, na Argentina. O time foi rebaixado no campeonato nacional do país vizinho e virou notícia negativa no mundo, por causa dos distúrbios no estádio Monumental. A pergunta que não quer calar é: a Petrobras seguirá dando moral ao clube argentino ou decidirá, como uma estatal brasileira, priorizar as equipes do país? Em tempo: o contrato com o River Plate vai até julho de 2012 e custa US$ 2,5 milhões (quase R$ 5 milhões) por ano.