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Cinismo foi pouco

Nello Morlotti

Estive nesta quarta-feira cedo na audiência pública ocorrida na Assembleia Legislativa, e que debateu a canalização de recursos dos paranaenses para uma obra privada, denominado-a Arena Copel, sob o pretexto de que Curitiba não pode perder um evento como a Copa do Mundo de 2014.

O que se viu foi cinismo puro. Primeiro, pela presença de Mário Celso Petraglia na mesa diretora da audiência, ungido por parlamentares como a sumidade da Copa 2014, quando, na verdade, ele é, sim, o grande obstáculo para que Curitiba defina-se sobre o evento. Se hoje há todo esse impasse, se deve a Petraglia.

Outro absurdo foi ouvir os deputados Stephanes Júnior e Ademir Bier defenderem uma reforma na legislação sobre a distribuição de lucro da Copel, a fim de que os acionistas possam concordar com a injeção de dinheiro da companhia no estádio atleticano. Mal sabem eles que especular com os papéis da empresa é crime.

Por fim, o clima de circo armado na Assembleia não apontou para nenhuma solução concreta. Serviu mais para os parlamentares ganharem mídia gratuita do que para trazer luz ao problema. Mas não se iluda internauta do FutebolPR: eles vão tentar uma manobra na CCJ da casa, possivelmente na calada da noite, para injetar dinheiro público em obra privada.

Louve-se que hoje os dois principais nomes do Atlético, o presidente Marcos Malucelli e o vice Enio Fornea Júnior, não estiveram no festival de papagaiadas. Sinal de bom senso. Aliás, foi o que faltou aos parlamentares, com raras exceções, como Antônio Anibelli, que associou o nome arena ao símbolo da ditadura militar – a ARENA (Aliança Renovadora Nacional). “Não quero nem saber desta maldita Arena, ainda mais associada ao nome da Copel”, ironizou. Nem ele nem boa parte dos paranaenses.

Luto no Coxa



Da Equipe FutebolPR

Morreu nesta quarta-feira, o ex-presidente do Coritiba Aryon Cornelsen, 89 anos. O Coritiba decretou luto de três dias.

• Aryon Cornelsen nasceu em 3 de maio de 1921. Iniciou sua vida no Coritiba como atleta das categorias de base, ainda no infantil, em 1932. Estreou na equipe principal em 1940 e na semana seguinte participou do jogo de inauguração do Estádio Pacaembu.

• Saiu do Coritiba por duas temporadas e voltou em 1943. No ano de 1944 se formou em direito e deixou o futebol. Mas o amor pelo esporte o fez retornar em 1949, para a disputa do estadual. Após sofrer uma lesão grave, aos 28 anos, encerrou a carreira.

• Como dirigente do clube, Cornelsen se elegeu presidente em 1956 e criou a promoção Bolo Esportivo, uma espécie de loteria. Com o dinheiro arrecadado construiu um novo Belfort Duarte - o gigante de concreto armado.

• Com ele na presidência, o Coritiba foi campeão estadual de 1956, 1957, 1959, 1960 e 1962. Aryon foi presidente até 1963 e nas décadas de 60 e 70 continuou ajudando o Coritiba a levantar dinheiro para finalizar a construção do estádio.

• Nos anos 1970, Aryon Cornelsen foi protagonista de uma transação imobiliária polêmica que resultou na aquisição do PAVOC pelo Atlético. A princípio, a área de 400mil metros quadrados deveria abrigar o primeiro centro de treinamentos do Brasil e favoreceria o Coritiba. No entanto, brigas internas no Coxa levaram Aryon a negociar a estrutura com o Rubro-negro. Nos anos 1990, o PAVOC foi desapropriado e o dinheiro o Atlético usou para comprar a área que hoje abriga o CT do Caju.

• Em março deste ano, Cornelsen lançou sua biografia, escrita pelo jornalista Vinícius Coelho e intitulada Aryon Cornelsen: um empreendedor de vitórias.

Bancada atleticana
se supera na Câmara



Da Equipe FutebolPR

A bancada atleticana na Câmara Municipal de Curitiba se supera a cada dia. A nova é o projeto de lei do vereador Julião Sobota, presidente da Os Fanáticos, e que propõe bandeiras de Brasil nas fachadas de todos os estabelecimentos comerciais da capital. Pelo jeito, a Copa do Mundo 2014 ainda vai reservar grandes surpresas aos cidadãos curitibanos. Lembrando que patriotismo não se obriga, se pratica.

Egito vira intruso
no ranking da Fifa

Da Equipe FutebolPR

Cinco europeus e quatro sul-americanos dividem as dez primeiras colocações do ranking da Fifa, divulgado nesta quarta-feira, e que já contabiliza os resultados da Copa do Mundo de 2010. O intruso na lista é o Egito, que aparece em 9.º lugar. A campeã Espanha lidera e o Brasil caiu para 3.º lugar. No top 10, o maior salto foi do Uruguai, que saiu da 16.ª para a 6.ª colocação. Confira a lista de julho:
1º) Espanha - 1.883 pontos
2º) Holanda - 1.659
3º) Brasil - 1.536
4º) Alemanha - 1.464
5º) Argentina - 1.289
6º) Uruguai - 1.152
7º) Inglaterra - 1.125
8º) Portugal - 1.062
9º) Egito - 1.053
10º) Chile - 988

Maratona da Série B

Da Equipe FutebolPR

Após o jogo contra o Bragantino, o elenco do Coritiba dormiu no hotel Bourbon de Joinville. Nesta quarta cedo volta para Curitiba e deve chegar por volta do meio-dia. Os jogadores serão dispensados por três horas, para visitar suas famílias, e às 15h devem se reapresentar no CT da Graciosa. Em seguida, embarcam para Brasília, onde farão conexão para Natal. A previsão é que cheguem à capital do Rio Grande do Norte à meia-noite, onde na sexta-feira enfrentam o América-RN. É a maratona da Série B.

Sem papas na língua



Da Equipe FutebolPR

O goleiro Juninho foi duro com seus companheiros de Paraná Clube, após a derrota por 3 x 0 para o Icasa, nesta terça-feira, em Juazeiro do Norte. Acusou, sem citar nomes, que está faltando comprometimento e deixou escapar, nas entrelinhas, que teve gente fazendo corpo mole por causa de salários atrasados. Ou a diretoria estanca logo essa hemorragia ou ela fará sangrar ainda mais o clube.

Campanha no rádio

Da Equipe FutebolPR

O candidato ao conselho deliberativo do Coritiba, Paulo Tomaz de Aquino, aproveitou o jogo Coritiba 0 x 0 Bragantino, em Joinville, para visitar a cabine da rádio CBN Curitiba. Filho de um dos diretores da emissora, ele se aproveitou dos microfones para fazer campanha. O conselho do Coxa receberá 14 novas indicações na próxima semana.

Goleiro Bruno nunca
enganou Ney Franco

Da Equipe FutebolPR

Poucos sabem, mas o goleiro Bruno, suspeito de ter sido o mandante do suposto assassinato de sua ex-amante, Eliza Samudio, cruzou o caminho do técnico do Coritiba, Ney Franco, por duas vezes.

No começo da carreira, quando ainda era juvenil, Bruno foi mandado embora do Cruzeiro pelo treinador por causa de indisciplina. Em seguida, transferiu-se para o Atlético-MG, onde se profissionalizou.

Em 2006, comprado pela MSI, Bruno foi para o Corinthians, mas não vingou. A parceira, que também tinha um pé no Flamengo, o transferiu para a Gávea. No rubro-negro carioca, Bruno e Ney Franco voltaram a se encontrar.

O goleiro teve vários casos de indisciplina durante a gestão do treinador, que saiu do Flamengo em 2007. Dá para dizer que Bruno nunca enganou Ney Franco e nem o técnico Emerson Leão, que não o quis no Corinthians.