
Caio Dipow, especial para o FutebolPR
Fábio Koff reelegeu-se presidente do Clube dos 13. Rachado, o bloco tinha entre seus votantes Atlético e Coritiba. O Rubro-negro foi com Koff; o Coritiba, com a oposição – representada por Kleber Leite. Numa análise superficial, se pode dizer que os atleticanos venceram o Atletiba disputado nesta segunda-feira, nos Jardins, em São Paulo. Afinal, o presidente Marcos Malucelli elegeu-se vice-presidente.
Mas a leitura correta é que o Coritiba adotou a estratégia certa para o momento, apesar da derrota. Ficou do lado da CBF de Ricardo Teixeira, e isso poderá contar pontos a favor do recurso que o clube impetrou no STJD para conseguir reduzir ainda mais a pena imposta pelo quebra-quebra de 6 de dezembro, no Couto Pereira. E mais: dos clubes que integram o C13 e estão na Série B, foi o único que manteve-se fiel à chapa apoiada pela confederação. Portuguesa, Bahia e Sport Recife apoiaram Koff.
Pode ser nada, mas pode ser tudo. O Coritiba não buscou a nomenclatura do cargo ao se aliar a Kleber Leite, apesar de que Vilson Ribeiro de Andrade tivesse concorrido como vice na chapa. Também não se iludiu com a possibilidade de ganhar uma cota maior do C13 – na hora de dividir o bolo, a dupla Atletiba é sempre voto vencido. A posição do Coxa valeu pelo que poderá barganhar com a CBF. Nada mais.
Já o Atlético, apesar de integrar a chapa eleita, não pode ignorar que a votação foi 12 a 8. Há uma oposição consolidada no C13 e a situação terá de rebolar para defender os interesses da Rede Globo e fazer a defesa dos jogos às 21h45, além de conter o assédia da Rede Record. Talvez o Rubro-negro ganhe mais partidas transmitidas em TV aberta, não mais do que isso. Sob o ponto de vista do posicionamento político, e os dividendos que isso poderá trazer, quem ganhou o Atletiba disputado nesta segunda-feira nos Jardins foi o Coritiba.
Tweet