O lado bom da crise

Da Equipe FutebolPR

A crise no Paraná Clube tem seu lado positivo: fez a diretoria do Tricolor perceber que a parceria com a Amaral Sports não é bem aquilo que ela imaginava. O caso Gílson, por exemplo, esclareceu que, ao contrário do que se tentou fazer crer, o clube não é dono de 30% dos direitos econômicos dos jogadores do empresário, mas sim de 15%.

Afinal, como o próprio Marcos Amaral disse, ao anunciar a contratação do lateral pelo Grêmio, o clube gaúcho estaria comprando 40%, ele - o empresário - seria dono de 45% e o Paraná ficaria com 15%. Esses 15% seriam os R$ 300 mil oferecidos ao clube, quando na verdade o Tricolor imaginou que embolsaria R$ 1 milhão.

O que se deduz dessa história é que alguém está enrolando e alguém está sendo enrolado. Pior: o potencial do parceiro do Paraná Clube de trazer jogadores que venham para resolver o problema se esgotou. O mais recente reforço, o atacante Pimpão, foi um negócio de clube para clube, sem a interferência de Amaral.

E mais: a propalada vinda de Josiel é engodo, cortina de fumaça para a torcida, haja vista que o clube árabe que detém os direitos do jogador só aceita liberá-lo por um caminhão de dólares. Josiel não vem e dificilmente outros jogadores de qualidade virão na sequência.

É um filme que o Paraná Clube já viu no ano passado, quando encheu a prateleira de jogadores de qualidade discutível, trazidos pelo técnico Paulo Comelli e por parceiros de ocasião, e que quase levaram o clube à Série C. Na época, o Tricolor só não caiu por que pediu socorro à LA Sports, que fez desembarcar Zé Carlos, Gabriel, João Paulo, Rafinha e Davi na Vila Capanema. E agora, quem vai socorrer o Paraná? Será o pessoal da Revolução Tricolor?

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