A tarde infeliz de Lopes

Da Equipe FutebolPR

Com histórico respeitável no futebol paranaense, Antônio Lopes foi no mínimo infeliz na tarde deste domingo. Armou uma treta com o bandeirinha para justificar seus erros e arrisca colocar o Atlético em maus lençóis. O sururu foi para a súmula e, como o clube é reincidente em incidentes, pode resultar em mais uma punição – neste campeonato já perdeu mando de campo contra o Fluminense.

Altemir Hausmann é árbitro assistente da Fifa, credenciado para a Copa 2010. Querer expô-lo a B.O. foi uma forma de coação à qual nem Lopes nem o Atlético precisam recorrer. No jogo contra o Flamengo, a obrigação do técnico era uma só: dar uma nova concepção tática ao rubro-negro, já que a atual está manjada e perdeu o viço.

O jogo deste domingo foi o 8.º de Antônio Lopes pelo Atlético, neste Brasileiro. Chegou em um momento em que algo emergencial precisava ser feito. Sua opção foi criar um ferrolho, apostando no potencial de Paulo Baier e nos contragolpes. Considerando que o Rubro-negro teve sorte nas vitórias contra Fluminense e Botafogo (ambas por 1 x 0), o sistema deu certo contra Cruzeiro (2 x 0), Barueri (3 x 0) e São Paulo (1 x 0).

O problema é que os outros times já acharam o antídoto para o esquema de Lopes. Em resumo, basta marcar forte Paulo Baier e segurar os laterais que o Atlético empaca. Na Arena, foi assim no 0 x 0 contra o Botafogo, pela Sul-americana, e no 0 x 0 contra o Flamengo. Isso sem contar no 2 x 1 para o Vitória e no 3 x 0 para Náutico, onde Geninho deu um nó tático em Lopes.

É hora de o comandante atleticano esquecer que foi delegado e voltar a ser técnico de futebol. O Atlético tem jogadores para variar seu sistema tático, basta Lopes querer. Não seria a hora de os auxiliares Lopinho e Leandro Niehues proporem mudanças?

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