A era Aquilino
Da Equipe FutebolPR
Aquilino Romani será o presidente do Paraná Clube no biênio 2010/2011. A tendência é que no pleito desta quarta-feira ele seja eleito com 2/3 dos votos dos conselheiros, vencendo José Alves Machado. A expectativa é de que menos de mil tricolores, dos estimados 5 mil com direito a voto, compareçam na Avenida Kennedy.
Aquilino vai administrar um Paraná Clube em que todas as atenções estarão voltadas para o futebol. Sua administração só dará certo se ele conseguir fazer o Tricolor voltar à Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro em 2011. Mas a luta será inglória. Pelo simples motivo de que não há dinheiro.
Para se ter uma ideia, a arrecadação com cota de TV, durante o ano todo, será pouco maior de R$ 600 mil. O Paraná não tem jogadores para negociar. O único que talvez renda uma verba seja o lateral Murilo. Pior: a torcida que gera renda para o clube tem caído uma média de 15% por ano, desde que o Tricolor foi rebaixado, em 2007.
A situação é caótica, pois para um time retornar à Primeira Divisão exige um custo mínimo de R$ 700 mil por mês – R$ 8,5 milhões no ano. Renato Trombini, numa primeira incursão, tentou captar isso no mercado, mas não conseguiu. Bateu na porta de Joel Malucelli, por exemplo, e recebeu um rotundo não. “Eu cuido do meu time (Corinthians Paranaense) e você do seu”, disse Joel.
Aramis Tissot tentou conversar com a Traffic. Não ouve conversa. Ouviu a seguinte frase: “Nosso representante aí é a L. A. Sports. É com ela que você tem de conversar”, disseram os interlocutores da Traffic, já sabendo que a L. A. Sports foi rechaçada pelo Paraná.
Por enquanto, a única parceria que parece vingar é a do Paraná com a Zetex, que tem Elton, Cléber e Wellington Silva no clube. Uma exigência é que o diretor esportivo da empresa, Oscar Yamato, gerencie o futebol do Tricolor.
Mas seja quem for o manda-chuva no futebol, terá uma luta inglória. Estima-se que 60% do elenco atual não continue em 2010. A princípio, especulou-se que os jogadores formados pela B.A.S.E poderiam suprir as defecções. Porém, descobriu-se que o trabalho no Ninho da Gralha tem deficiências conceituais. A ponto de Aquilino já ter anunciado que porá gente de sua confiança no projeto tocado em Quatro Barras.
Quer uma prova dos equívocos cometidos na B.A.S.E? O modesto Grecal, que disputa o Campeonato Paranaense Sub-20, e tem uma campanha muito superior à do Paraná na competição, conta com seis jogadores que foram mandados embora do Tricolor quando nasceu a parceria. Hoje, esses seis jogadores são pretendidos pelo Coritiba, mas o Grêmio de Porto Alegre já mandou reservar dois. O técnico Paulo Cardoso, outro que estava no Paraná Clube e foi dispensado pela B.A.S.E, também interessa ao Coxa.
Diante da crise, um grupo de paranistas defende que Aquilino, assim que assumir, jogue limpo com a torcida. Jogar limpo seria dizer que durante sua gestão o Paraná dificilmente conseguirá voltar à elite do futebol brasileiro. Ele usaria esses dois anos para arrumar a casa e permitiria que seu sucessor, em 2012, disputasse a Série B com força.
Aquilino é competente e trabalhador, mas não faz milagres. Assim como Aurival Correia, terá de tourear dívidas e a herança maldita de seus antecessores. Boa sorte, então, à era Aquilino.
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3 Espinafrar:
É uma pena que jogadores como Zé Carlos (que desde o primeiro jogo mostrou qualidade), Adoniran, Rafinha, Davi estejam deixando a equipe. A LA cresceu com o Paraná e o Paraná cresceu com a LA, recíproca evidente naquele momento ápice em que disputamos a Libertadores e em que a parceira ia bem. O "namoro" acabou e enfim desejo sucesso a LA!! Como Tricolor de Coração, que tenhamos mais sorte e profissionalismo nesta gestão. Segue o baile!
Alisson
Como torcedor paranista torço para que essas previsões pessimistas não se concretizem e que tenhamos sucesso a partir do ano que vem.
Sucesso à todos,
Gustavo
Wellington Paulista?
Porá?
=(
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